Já são quatro e tantas da manhã eu to de pé e nem sei por que. Bem, eu sei, só nao queria ter que admitir, saber que o amor partiu e você nem se importa mais tanto assim com ele é um tanto melancólico. Saber que os erros e atropelos dele não te doem mais, entender o quão burro ele foi em partir nem te interessa mais, que talvez a dor dele não seja mais a minha dor... bem, isso eu já não tenho certeza, mas é algo que há de se esperar pra ver. Isso mesmo, ver.
Talvez eu não sinta mais isso por você, e olha só como a vida é sensacional.
Sabe, eu vejo essa insônia repentina como algo muito estranho que não tenho sentido há dois anos. Parecem meus neurônios dizendo pro coração que talvez seja hora de ser burro novamente e jogar tudo pro ar mais uma vez, de se perder pelo outro, de largar essa vida egocêntrica, essa coisa de ‘eu posso’, ‘eu sou o cara’. Eu até sou O Cara, mas por que é que eu não posso ver alguém crescer do meu lado também?! Será pecado?! Bem, talvez sim, por que comigo esse negócio chamado amor nunca deu muito certo. Eu me atropelo... o amor sempre me atropela, sempre dá tudo errado.
O desejo pelo outro nunca sacia e o desejo de nos engolirmos inteiros sempre acaba por destruir quem realmente somos, e viramos isso: pessoas incompletas. O pior de tudo é que agora já nem sei mais onde se encontra minha outra metade.
- Alison Santos
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